Análise Tática
"Santos Futebol Clube"
Partida: Santos x Peñarol
Data: 22/06/2011
Competição: Copa Libertadores
Fase: Final
Momento Defensivo
Muricy optou pela marcação mista, sua equipe tinha como atitude em momento defensivo a marcação individual por setor, onde os jogadores marcam o adversário que ocupar seu espaço de jogo previamente delimitado. Porém, sabendo que o principal jogador adversário em momento ofensivo estava desequilibrando em favor do Peñarol, Muricy optou por realizar uma marcação individual em Martinuccho. Essa combinação entre a marcação individual e a marcação individual por setor pode ser chamada de marcação mista.
Durante a partida a equipe do Santos optou pelo pressing na saída de bola adversária, geralmente realizado na linha 2, linha imaginária que corta o campo horizontalmente que delimita em espaço onde será realizado o pressing no time adversário.
A pressão na saída de bola era realizada pelos dois atacantes Neymar/Eduardo que inicialmente se posicionavam marcando os dois laterais adversários. Quando a bola estava em posse zagueiro Rodrigues (n°6), o meia Ganso avançava para realizar uma pressão ao portador da bola enquanto que Neymar e Eduardo fechavam as linhas de passe.
Figura 1 - Neymar e Eduardo fechando as linhas de passe e Ganso realizando a pressão em Rodrigues.
Figura 2 - Eduardo e Neymar marcando os laterais enquanto que Ganso realiza a pressão em Rodrigues.
Quando a equipe do Peñarol detinha a posse da bola, suas construções ofensivas eram realizadas predominantemente pelos lados do campo com seus meias abertos Corujo/Mier e seu atacante Martinuccio. Nessas ocasiões, o time de Muricy buscava realizar a dobra de marcação na lateral de campo e o meia Ganso tinha a função de fechar a linha de passe para a volta de bola para o meio de campo.
Figura 3 - Dobra de marcação de Elano e Adriano em Martinuccio.
Figura 4 - Dobra de marcação de Elano e Adriano enquanto que Ganso fechava a linha de passe para Aguiar.
Já do lado defensivo esquerdo da equipe do Santos a dobra de marcação era realizada pelo lateral Léo e o volante Arouca, sendo reforçada pelo incansável volante Adriano quando Martinuccio se posicionava pelo lado direito do seu ataque. Enquanto que Ganso agora fechava a linha de passe de Freitas.
Figura 5 - Dobra de marcação de Arouca e Léo em Martinuccio.
Figura 6 - Arouca e Léo indo realizar a dobra de marcação e Ganso fechando o passe para Freitas.
O camisa 10 santista Paulo Henrique Ganso muitas vezes não realizava essa movimentação defensiva delimitada anteriormente. Em alguns momentos o volante que ele deveria estar marcando ficava livre para encostar nos atacantes ou receber o passe, porém esse momento foi pouco explorado pela equipe do Peñarol. Podemos observar abaixo um desses momentos em que o volante Aguiar recebe a bola livre da marcação do Ganso que volta atrasado para recompor a defesa.
Figura 7 - Aguiar encostando nos atacantes livre da marcação de Ganso.
Para finalizar gostaria de ressaltar o volante da equipe do Santos Adriano, que realizou com primazia a marcação individual no camisa 10 da equipe do Peñarol Matinuccio o acompanhando por toda a extensão do campo defensivo.
Figura 8 - Adriano realizando a marcação individual em Martinucio em todos os setores do campo.
Finalizo aqui a análise tática da equipe do Santos em momento defensivo na Final da Libertadores da América, onde seu adversário foi a equipe uruguaia do Peñarol. O próximo post estará tratando da análise no momento de transição ofensiva da equipe do Santos. Até lá.
Um grande abraço,
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